terça-feira, 25 de maio de 2010

Pedro Luis e a Parede e Orquestra Voadora

Gosta de tambor? Se não esteve no Circo Voador no sábado, dia 22, perdeu. Pedro Luis & a Parede e Orquestra Voadora fizeram uma das dobradinhas mais barulhentas dos últimos tempos pela lona da Lapa.



Abrindo a noite, Pedro Luis e a Parede (que estão de passagem marcada para o Japão, onde farão diversas apresentações em junho) mostraram que estão cada vez mais afinados. Fosse em músicas antigas como o “Rap do Real”, ou mais recentes, como “Animal” (tema da nova novela das oito), a banda não dava refresco pra platéia e bombardeou os ouvidos mais delicados com uma massa sonora autoexplicativa para o nome “a Parede”.

http://www.myspace.com/pedroluiseaparede




Apesar da curta existência, a Orquestra Voadora já deixou de ser uma promessa faz tempo. Destaque do carnaval carioca, o grupo mostrou em mais uma apresentação que a festa pode durar o ano inteiro. Reunindo um improvável repertório, que vai do pop de Michael Jackson ao afrobeat de Fela Kuti passando pela porra-louquice do tema do Spectreman, o híbrido de bloco com brass band botou a casa abaixo mais uma vez, encerrando sua apresentação com a tradicional farra no meio da platéia.

http://www.myspace.com/orquestravoadora



Nos intervalos, a pista ficou sob o comando do multi-homem DJVJ Montano e sua festa Ziriguidum.

Leandro Ravaglia
gosta de tambores, batidas, grooves e principalmente das inúmeras beldades presentes no Circo sábado a noite. Escreve o http://cretinolover.blogspot.com/

Cat Power

Se existia no Rio um lugar bom pra levar uma companhia e curtir um romance na “chuviscosa” sexta passada, dia 21 de maio, era o Circo Voador. Era noite de Cat Power e quem conhece o trabalho da cantora sabe que não ia faltar desculpa pra abraçar por trás e falar saliências ao pé-do-ouvido.



Na performance, que começou com “Don’t Explain”, a musa desfilou a deliciosa mistura de indie rock com R&B e soul, criando um clima intimista e sexy dentro da lona da Lapa. A cada música, a platéia esquentava e os pedidos, os gritos de “toca guitarra” ou até mesmo de “gostosa” iam ficando mais frequentes.



Andando de um lado para outro durante toda a apresentação, Chan Marshall interagia com a platéia o tempo todo. Estendia as mãos, sorria e pedia luz para que pudesse ver a lona cheia cantando com ela.



Acompanhada da competente banda formada por Judah Bauer (guitarra) e Gregg Foreman (teclado) a cantora ainda achou tempo para a sua releitura cool de “Satisfaction”, e encerrou a apresentação distribuindo flores para a platéia, que custou a acreditar que o show já tinha acabado.

http://www.myspace.com/catpower



A abertura da noite ficou por conta de Clarah Overbuck e The Oneyedcats. A moça e seu grupo tocam um jazz sensual, que remete a grandes cantoras do estilo, mas sem deixar de lado uma certa brasilidade, mesmo cantando suas músicas em inglês. http://www.myspace.com/oneyedcats



O encerramento da noite ficou a cargo dos DJs da festa Pitada, que pegaram a galera que ainda estava jururu com o final da apresentação de Cat Power e botaram pra dançar até que as luzes do Circo se acendessem e os seguranças apontassem o caminho de casa. Ou de lugar melhor, dependendo da companhia. ;)

Leandro Ravaglia escreve o blog http://cretinolover.blogspot.com/, mas apesar das cretinices também sabe falar no pé de ouvido.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cat Power: Show De-leite

O poder da gata não precisa de noite quente nem de tanto barulho. Ele é de veludo, meio trôpego, sussurrado. E faz gritar, ter ideia de tempo passando rápido, faz querer se balançar no chão, como se estivesse no ar. Cat Power, mais uma vez, me deu a sensação de não precisar de muito para preencher um palco. De atitude discreta – e não menos forte –, sensual e rasgante, a moça me fez esquecer do tempo, da chuva que me pegou no caminho, do dia seguinte e de ontem. Cada música como nova, cada passo arrastado, tudo multiplicado por “muito gostoso”.
Pois foi muito gostoso estar ali, ouvir, dançar, cantar, vibrar com satisfaction e em cada nota iniciada pela moça que dava a impressão de levitar no palco.
Rápido e sem bis - fonte de alguns muxoxos ouvidos em volta -, o show não me deixou a desejar no fim: teve o tamanho necessário para ser uma delícia e enfeitar a noite de 21 de maio do Circo Voador, do mesmo jeito que enfeitou o palco do Tim Festival, na frente do qual eu fiquei pela primeira vez embevecida diante da moça que não queria sair do palco de jeito nenhum. (Mas isso já é outra história...)

Carolina Andrade escreve sobre gatas, gatos, bicho-grilos e outros coisas mais no http://palavraraalma.blogspot.com/