sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O Teatro Mágico dá aula de independência

Há pessoas que falam das dificuldades do mercado, a falta de espaço na mídia e o pouco retorno financeiro de ter uma banda e tentar viver de música no Brasil. Particularmente, sempre preferi as que em vez de ficar reclamando, arregaçam as mangas e vão correr atrás do seu objetivo. Isso foi o que se viu no último dia 19 no Circo Voador. Uma aula de independência.


O nome foi tirado de do livro “O lobo da estepe”, de Herman Hesse. Fenômeno de popularidade entre o público universitário, O Teatro Mágico esteve pela segunda vez no Circo Voador mostrando a vigorosa mistura de MPB com percussão e circo que vem encantando as platéias Brasil a fora. Graças a um eficiente trabalho de Internet e interpretações emocionadas de suas músicas, o boca-a-boca em torno das banda é cada vez maior.

Outro destaque foi a lojinha da banda. Quem passasse por lá podia comprar o CD da banda por 5 reais, o DVD por 10, uma das belas camisas estampadas com as frases das letras ou simplesmente pintar o rosto e colocar nariz de palhaço.


“Como artista independente você tem uma noção maior de até onde o seu trabalho vai, como vai, qual a resposta que você está tendo em cada lugar, cada show..., é claro que existe mais dificuldade pra conseguir lugares pra tocar, mas é possível. Quando você se relaciona com a arte em verdade, você cuida, você é muito sincero no que você faz. Tem que arriscar, tem que produzir, não ficar esperando aparecer um empresário, uma gravadora... não às gravadoras. Chega. A comunicação é o quarto poder. O que a gente ta fazendo é quebrar o monopólio da cultura. Através da Internet, do compartilhamento, a gente consegue levar a arte a todos. Se não tem dinheiro para comprar o disco, pirateie”, diz Fernando Anitelli, vocalista, diretor artístico do espetáculo e líder da trupe.


Durante o show, uma espécie de transe tomou conta da lona do Circo. O grupo apresentou todos os seus sucessos acompanhado à plenos pulmões pela platéia (que batia palmas, dançava e abaixava a cada comando de Fernando). Em músicas como “Camarada d’água”, “A pedra mais alta” e “Ana e o mar” era possível ter idéia da popularidade do grupo. Uma noite para deixar em êxtase os fãs antigos e garantir mais uma leva de novos seguidores à trupe.



A abertura da noite ficou à cargo da banda Megarex e o encerramento com o 3 Steps.

Leandro Ravaglia é baixista do MUTRETA e jornalista.

Evento ocorrido na sexta-feira, 19 de Outubro 2007
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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Living Colour no Circo Voador


Tudo bem que não se precisa de mais de três acordes para fazer uma música, mas também é bom ver alguém que sabe tocar direito de vez em quando. Disso, quem esteve no Circo Voador no último dia 31 não pode reclamar. O Living Colour mostrou porque é considerada até hoje uma das bandas mais inventivas da geração da MTV nos anos 90.

Em sua formação mais conhecida (Corey Glover – Voz, Vernon Reid – Guitarra, Will Calhoun – Bateria e Doug Wimbish – Baixo), o grupo passou em três horas de show quase todos os hits de sua carreira, deixando boquiaberta toda a platéia do Circo.

“É a banda do Zé Pretinho”, ria Lenine, que participou do show de abertura do Vulgue Tostoi e ficou impressionado com a qualidade dos músicos no palco. “São uma referência. Fazem muita música boa juntos”, completou. Quem também estava impressionado com a performance era Charles Gavin, dos Titãs, que fazia caretas a cada virada e solo de Calhoun.

Com a platéia nas mãos, Corey mostrava toda a sua qualidade vocal em momentos de puro soul, como “Open Letter to a Landlord” e “Love Rears It’s Ugly Head”. A base precisa de Wimbish e Calhoun (que fez um solo de bateria de mais de 15 minutos) deixava caminho livre para as velozes palhetadas de Reid, que durante a passagem de som (de mais de três horas) não largou da guitarra por nem um segundo. O resultado dessa dedicação toda ao instrumento pode ser visto nos furiosos solos de “Cult of Personality” e “Type”.

Com a platéia ensandecida, o grupo voltou para o bis duas vezes, e apresentaram suas versões para “Should I Stay Or Should I Go?”, do The Clash, e “Crosstown Traffic”, de Jimi Hendrix.

Formado em 85, em Nova Iorque, o Living Colour se tornou conhecido por fazer uma mistura de rock e funk altamente influenciada por elementos de black music e jazz. Capitaneado pelo virtuoso Vernon Reid, o grupo rodou o underground de Nova Iorque até que em uma de suas apresentações estava Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones. Impressionado, Jagger não só os ajudou a conseguir um contrato para a gravação de seu primeiro disco, “Vivid” (1988), como também fez questão de produzi-lo. Dele, saíram músicas como “Cult of Personality” e “Glamour Boys”, que ajudaram a começar a tornar o grupo conhecido fora dos Estados Unidos.

Foi com “Time’s Up” (1991) que eles estouraram. Mostrando diversas influências, entre elas a da música latina, o grupo se tornou um sucesso mundial. Músicas como “Type” e a emocional “Love Rears Its Ugly Head” rapidamente caíram no gosto dos brasileiros, que convidaram o grupo para sua primeira performance no país em 93, durante o Hollywood Rock. Essa passagem marcaria o início de uma longa estória da banda com o Brasil. Em visita à Bahia com Carlinhos Brown, Vernon Reid se apaixonou pela música brasileira. “A melhor lembrança que trago do Brasil foi a visita à Bahia com Brown. Foi inesquecível conhecer a Timbalada e os diferentes ritmos da cidade. Isso definitivamente foi importante para que eu quisesse voltar várias vezes ao país”. Outro que é só elogios à nossa música é o baterista William Calhoun. Impressionado com o Maracatu, Will foi a Recife, acompanhado por Pupilo, baterista da Nação Zumbi, conhecer mais do estilo e aprender seus toques.

Foi também em 93 que gravaram o álbun “Stain”, e chegaram ao auge do sucesso. Quando iniciariam as gravações de seu novo disco, em 94, Vernon anunciou que deixaria o grupo.

A pausa, por sorte foi apenas até 2001. De volta aos palcos, o Living Colour lançou em 2003, após 10 anos sem material inédito, o vigoroso “Collideoscope”, que trazia além das músicas próprias, versões de “Back in Black”, do AC/DC, e “Tomorrow Never Knows”, dos Beatles.

Envolvidos com diversos projetos paralelos, a banda tem feito menos apresentações. “Não gostamos de fazer planos nem criar expectavivas sobre o que vai acontecer. O Living Colour é o tipo de banda que resolve como vai ser o show 10 minutos antes de entrar no palco. A única coisa que a gente espera com isso é se divertir. Tem dado certo assim”, disse o baixista Doug Wimbish.

Tomara que eles continuem se divertindo por muito tempo. Apaixonados pelo Brasil como são, quem sabe não pinta mais uma datinha por aqui?

Leandro Ravaglia é baixista do MUTRETA, jornalista e muito guerreitro: ficou da passagem de som as 16h até 4h da manhã, quando acabou o show, internado no Circo Voador acompanhando cada detalhe do show!

Evento ocorrido na sexta-feira, 31 de agosto de 2007.

sábado, 18 de agosto de 2007

LOBÃO: pra acabar com essa inocência!

Esse show vai ficar pra história: LOBÃO levantou a platéia em todos os sentidos!!! Segundo o mestre Jamari França "Foi um dos shows mais caóticos que vi este ano, mas totalmente roquenrol" (leia matéria inteira no blog Jam Sessions, do jornalista Jamari França, publicado pelo O Globo online). Com clássicos de sua extensa carreira e participação ativa do público (especialmente da extrovertida atriz Marcella Maria), o velho lobo voltou pra casa e ficou à vontade.



Evento ocorrido na sexta-feira, 17 de agosto de 2007.

domingo, 1 de julho de 2007

RUFIO - despedida altíssimo nível!


Não deu pra ficar parado. A banda norte-americana RUFIO empolgou a galera na arena do Circo em seu derradeiro show. Essa foto passa o clima do evento, que começou cedo com as apresentações das bandas 35 mls, Under Line e Emo. Domingão PunkRock no Circo Voador!

Evento ocorrido no domingo, 1º de julho de 2007.

sábado, 30 de junho de 2007

Os Mutantes


Com tanta banda ruim que podia sumir, ainda tem gente que reclama quando uma boa volta. A apresentação dos Mutantes no Circo Voador, no Rio de Janeiro, nos dias 29 e 30 de junho, mostrou porque, mesmo depois de 30 anos longe dos palcos, tanta gente torcia pelo seu retorno. Formada pelos irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, o baterista Dinho Leme e a cantora Zélia Duncan, e amparada por um time de músicos convidados de altíssimo nível, a banda mostrou fôlego de iniciante, mas a bagagem e um repertório que só quem tem muitos anos de estrada pode reunir.

"Nesses 30 anos longe dos palcos não fizemos planos de voltar. Não foi uma coisa pensada. Tinha que acontecer", afirma o guitarrista Sérgio Dias, que conduziu a apresentação com solos demolidores.

Arnaldo Baptista também dividia a alegria do irmão: "Essa volta é uma seqüência de imprevistos que a gente vai tentando dar um jeito. Às vezes dá certo, às vezes não", respondeu com a simpatia de sempre.

Zélia Duncan, que recebeu dos irmãos a árdua tarefa de substituir Rita Lee, mostrou estar muito à vontade no posto, cantando inclusive em uma região bem mais aguda do que a que estava acostumada em sua carreira solo. Sobre a cantora, Sérgio era só elogios: "Conheci a Zélia dois meses antes do show no Barbican (clube londrino onde aconteceu a volta do grupo) em uma participação especial com Os Britos (projeto que reúne integrantes do Barão Vermelho e do Kid Abelha tocando Beatles), e nem tinha idéia da profundidade do que ela era. Quando eu estou no palco e olho pra ela, vejo que cada nota que eu toco ela está sentindo. Isso é tão bom".

O charme e a elegância da cantora cativou também toda a platéia que estava por lá. Masculina e feminina. "Ah se ela mudasse de idéia...", brincou o estudante Jefferson Luciano, de 19 anos, que apesar de fã há algum tempo, estava vendo a banda pela primeira vez. "É muito bom quando a gente acompanha uma banda por muito tempo e ao vivo eles são tão bons quanto a gente imagina", concluiu.

O público esteve o tempo todo nas mãos da banda. Em uma hora e meia de show, eles tocaram grandes hits como "Panis et Circenses", "Ando Meio Desligado", "Bat Macumba" e a emocionante "Balada do Louco", mas também revisitaram raridades do repertório como "El Justiciero", "Caminhante Noturno" e "Cantor de Mambo".

Com o Circo Voador em clima de paz-e-amor, a apresentação teve direito a choro, beijos apaixonados e até topless na platéia. "Tô muito feliz de tocar aqui no Circo. Aqui é sempre bom. A Juçá é pioneira de toda essa estória, de toda música no Rio. Já tínhamos feito outro show no Rio, mas aqui é um lugar que é mais da gente, então batemos o pé pra fazer".

A banda se despede do Brasil com shows ainda em Belo Horizonte no dia 5 e Bragança Paulista no dia 7. Depois embarcam para Estados Unidos e Europa e só voltam em setembro. Arnaldo convida: "Venham ver. Agora a banda está com uma orquestra de sintetizadores. É um montão de gente fazendo um som que 'às vezes' é inteligível. Eu adorei".

Texto: Leandro Ravaglia
Fotos: Diogo Tirado

Evento ocorrido na sexta-feira e sábado, 29 e 30 de junho de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

NAÇÃO ZUMBI

Futura agora e mais 6 discos

Mais uma vez os tambores de Recife soaram no Circo Voador. No dia 12 de maio, a Nação Zumbi voltou à Lapa para mais uma apresentação de gala. Parte da turnê do CD Futura, o show reuniu músicas dos seis discos da banda e agradou tanto aos fãs da primeira fase, ainda com Chico Science nos vocais, quanto aos mais recentes.

Isso ficou claro já na abertura, com “Hoje, amanhã e depois”, primeira faixa de Futura, acompanhada por toda a platéia. Com Jorge Du Peixe comandando os delays direto de seu Kaoss Pad (modulador de voz e efeitos que ficava ao seu lado no palco), ficou visível a aproximação do som da banda com o dub nos seus trabalhos mais recentes. Isso também pode ser visto em “Blunt of Judah” e na versão light de “Manguetown”. Mas a mistura do maracatu com o rock e o metal que popularizou a banda também esteve presente em todo o show. Músicas como “Quando A Maré Encher”, a ultrapesada “Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada” e “Da Lama Ao Caos”, que fechou a apresentação, mostraram que além da percussão, o trio formado Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo) e Pupilo (bateria) também vai muito bem, obrigado.

Formada no início dos anos 90, a Nação Zumbi é uma das responsáveis por colocar o nordeste no mapa do rock brasileiro. O então vocalista Chico Science e Fred 04 (líder da banda Mundo Livre S/A) lançaram o Manifesto Caranguejos com Cérebro, espécie de cooperativa cultural que visava levar através das bandas e poetas regionais a cultura de Pernambuco para o mundo inteiro. Com isso, chamaram a atenção dos meios de comunicação (que até então só davam atenção às bandas do sul e sudeste) para a efervescente cena cultural local. A mistura contagiante de maracatu e outros ritmos locais ao rock, ao reggae e ao metal rapidamente se tornou popular no meio universitário, levando à banda ao sucesso nacional com uma velocidade assustadora.


Com Chico nos vocais, a banda lançou “Da Lama Ao Caos” (1993) e “Afrociberdelia” (1995). No carnaval de 97, Chico Science sofreu um acidente fatal de carro, e o posto de vocalista da banda passou a Jorge Du Peixe, até então percussionista. Com ele, a banda iniciou uma aproximação com o dub e a música eletrônica e foi nesses moldes que vieram “CSNZ” (1997), “Rádio S. Amb.A” (2000), Nação Zumbi (2002) e “Futura” (2005). Formada por Jorge Du Peixe (voz), Lucio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupilo (bateria), Toca Ogan (percussão) e Gilmar Bola 8 (percussão), a banda já recebeu inúmeros prêmios, se apresentou em quase todos os grandes festivais brasileiros (incluindo o Rock in Rio III) e é uma das bandas nacionais mais respeitadas no exterior, tendo estado inclusive no renomado programa “Later With Jools Holland”, do canal BBC, de Londres.

Texto: Leandro Ravaglia
Fotos: Fernado Shackal

Evento ocorrido no sábado, 12 de maio de 2007.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

BUZZCOCKS, Carbona e Lambrusco Kids


A noite de véspera do dia do trabalhador foi uma legítima festa punk no Circo. No palco, os integrantes do Buzzcocks descarregaram mais de 30 anos de bagagem punk em um show inesquecível. Os coroas, que já passaram de meio século de vida, esbanjaram vitalidade e desfiaram vários dos seus clássicos: Love You More, Autonomy, Noise Annoys, Why Can't I Touch It... todas sem pausa, no melhor estilo punkrock onetwothreefour!
Na platéia, ou melhor, no meio da roda de pogo, uma mistureba que incluía velhos punks já pelos 40, moleques que queriam saber de onde seus NX Zero e CPM22 vinham e mais uma galera que não fazia idéia do que iria encontrar, mas aproveitaram a véspera do feriado pra assistir a mais um dos shows que só o Circo mesmo poderia trazer.
Formado em 1975, na Universidade de Bolton, na Inglaterra, os Buzzcocks (“jovens barulhentos” ou ainda “pirocas barulhentas” numa tradução um pouco menos conservadora) se inspiraram nos contemporâneos Sex Pistols para criar sua banda. Sua marca registrada era agregar melodias pop às guitarras cruas do punk em temáticas menos políticas e mais fanfarronas que a média das bandas da época. Tal estilo, influenciou diretamente bandas como Green Day, Pixies e toda a geração EMO, tão popular hoje em dia.
A abertura da casa ficou por conta de Carbona e Lambrusco Kids. O Carbona é carioca e tem nas letras irônicas e inocentes sua base. Ao longo de 7 anos de estrada, a banda lançou 7 discos e já fez mais de 250 apresentações por todo o Brasil.
O Lambrusco Kids é de São Paulo e tirou seu nome de uma música do Toy Dolls. Na estrada desde 99, a banda tem no currículo shows na Inglaterra em lugares como o Dove & Rainbow e no festival Wasted, além de apresentações que contaram com a participação de integrantes do Toy Dolls, Agnostic Front e UK Subs.

Texto: Leandro Ravaglia
Fotos: Miriam Roia

Evento ocorrido na segunda-feira, 30 de Abril 2007.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

NO EMBALO DO QUIZOMBA

Perdoem a frase clichê, mas este carnaval não vai foi igual àquele que passou. Pelo menos para o bloco Quizomba, que fez pelo terceiro ano consecutivo seu desfile na terça-feira de carnaval, saindo do Circo Voador, passando sob os Arcos da Lapa, fazendo o retorno pela Glória e retornado ao ponto de partida.

Porém, se o percurso foi o mesmo dos outros anos, a diferença estava na quantidade recorde de foliões que seguiram o Quizomba, embalados por sambas de todas as épocas, clássicos da música popular brasileira, afoxés, músicas pop, e as imortais marchinhas. Mais de 6 mil pessoas seguiram a bateria liderada por André Schmidt e as vozes de Magali e Anna Luisa, transformando a Lapa num verdadeiro mar de gente de todas as idades, cores, crenças e nacionalidades. Harmonia nota 10!

O sucesso pode estar vinculado ao destaque que o grupo vem tendo, participando há anos deste movimento que ajudou a reerguer o carnaval de rua na cidade maravilhosa, promovendo não só o desfile de carnaval, mas oficinas de percussão o ano inteiro, shows na própria lona e em outras casas de espetáculo, desfiles na orla de Ipanema e outras ações que só ajudaram o Quizomba a conquistar seu espaço no coração dos batuqueiros.

E para quem quiser participar da brincadeira, a oficina do Quizomba da Escola Livre de Artes do Circo Voador segue o ano todo, sem perder o ritmo e
o embalo. As aulas acontecem as quartas-feiras, de 19 as 21 horas. Venha participar e quem sabe no próximo ano você também possa estar abrilhantando
o carnaval carioca!

Mais informações:
cursos@circovoador.com.br

Lencinho Smith

Evento ocorrido na terça-feira, 20 de fevereiro de 2007 (carnaval).

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Expresso 2222: Gilberto Gil e muitos convidados


Gilberto Gil já está de partida para o carnaval de Salvador, mas antes, ele e o Expresso 2222 fizeram uma parada em plena Lapa para mostrar o que estão preparando para a maior festa popular do país. Em uma noite cheia de atrações especiais, Gil relembrou grandes sucessos seus e dos visitantes e colocou a galera pra dançar até o sapato cansar.

Quem abriu os trabalhos da noite foi o Motumbá. Liderado pelo ex-timbaleiro Alexandre Guedes, o grupo mostrou por que seus ensaios têm feito tanto sucesso nas sextas feiras do Pelourinho. O nome significa “um pedido de bênção a Olorum” em yorubá e a julgar pelo sucesso da música “Bororó”, tal pedido vem sendo muito bem atendido pelo orixá.

Depois chegou a vez de Gil. Dono da festa, costurava as apresentações em duetos com seus convidados. Acompanhado por uma banda de primeira, recebeu no palco Toni Garrido, que sacudiu o Circo cantando “O Erê”, a primeira-dama do samba carioca Alcione, Preta Gil, que vestida de verde-e-rosa levantou a galera com o hit baiano “Chupa Toda”, sucesso com Ivete Sangalo, Lulu Santos, que atacou de MC cantando versões funk para seus sucessos e ainda “Diretoria”, hit dos bailes cariocas e Sandra de Sá, que com o vozeirão de sempre foi de Tim Maia Racional e “Olhos Coloridos”.

Sem os convidados, Gil não deixou em nenhum momento o show esfriar. Fosse em momentos agitados como “Toda Menina Bahiana” e “Atrás do Trio” ou em versões turbinadas de hits mais tranqüilos como “Esperando na Janela” e as versões de seu álbum-tributo à Bob Marley, o baiano mostrou o carisma de sempre e foi acompanhado pelo Circo Voador lotado por toda a apresentação.

Se esse foi apenas um ensaio do Bloco, já dá pra imaginar o que será o desfile do Expresso 2222 por Salvador. O trio faz o roteiro Barra-Ondina e não possui abadás, permitindo aos foliões que acompanhem toda a festa bem de perto sem gastar nada.

Leandro Ravaglia

Evento ocorrido na quinta-feira, 01 de fevereiro de 2007.